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O MEDO QUE ME FASCINA


30 novembro 2016


Eu o queria demais. Isso era óbvio, evidente em qualquer movimentou ou expressão minha. Eu estava caída por ele. Já sentiu aquela sensação de que você poderia fazer tudo que pedisse pelo simples fato de sentir? Eu queria ser boa pra ele. O suficiente. Perfeita. Por mais que eu soubesse que não podia, por mais que eu soubesse que não sou. Não é a beleza dele, não é o que ele possui por mais que isso possa impressionar. É o jeito que ele me olha, o jeito que ele envolve suas mãos no meu rosto e o que eu sinto quando fecho os olhos. Mordo o lábio por não saber o que devo fazer, por não saber se posso me entregar ou se posso corresponder as suas expectativas. E se eu não puder? E se eu não for o que ele quer? Quero desvendar seus segredos, quero ser envolvida por ele e somente sentir as sensações que isso pode me provocar porque só se vive uma vez. Eu quero isso. Mas também quero o romance. As surpresas, o abraço, uma noite só de carinhos sem nenhuma intenção a mais. Por que não pedir pelo romance? Por que não pedir pelos corações e flores? Eu quero entrar, quero estar junto a ele. Por que tenho a sensação de que ele não quer me deixar fazer isso? 

Ele é o retrato da dor que eu quero curar. A escuridão que eu quero iluminar. A cor intensa do sangue que corre em minhas veias. Meu desejo é forte. Intenso. Me faz perder os sentidos. A única coisa que quero agora é tocá-lo, não pude perceber tudo até recobrar meus sentidos. O desejo queima em minhas veias e me entrego ao  seu beijo e suas vontades sem saber muito se é isso que realmente quero. Eu sei uma das coisas que quero. Eu o quero. Mais do que tudo que já quis. Mas consigo fazer algo, ser algo que nunca fui por alguém que estou apaixonada? Ele é o medo que me apavora e que me fez querer correr mas ao mesmo tempo me faz voltar por motivos inexplicáveis. Estou na escuridão, perdida em seu mundo sem saber de nada. Estou o deixando me guiar, mas será que posso chegar até o final do caminho sem ir embora?

Cada pedaço de sua pele é algo que quero tocar, sentir se é mesmo real. Como se ao tocá-lo eu pudesse recuperar minha sanidade porque todos acham que sou louca. Talvez eu seja, talvez a paixão e o desejo façam coisas loucas com as pessoas.Devo deixar que me ame como você quer? Que me toque como você sabe?  Beijos, mordidas, loucura. O toque da pele dele com a minha causa faísca. Seus olhos me hipnotizam e eu só consigo caminhar até você e me perguntar o que realmente estou fazendo.Quero correr e ao mesmo tempo ficar? Devo mergulhar no seu mundo sem me perguntar se vou me machucar? Talvez o que todos digam seja verdade, talvez eu seja louca, talvez esse desejo esteja me entorpecendo tanto que não consigo enxergar a realidade, não consigo enxergar o que é certo. Então se é errado, porque quando estou com ele sinto que tudo pode mudar? Que com ele posso a mulher que sempre quis ser sem medo do que possa parecer?  Estou sendo caçada ou você está me caçando?  É só a sensação que você me causa, que começa pelo meu peito e desce até minhas pernas.

Inspirado na história de Anastasia e Christian e pela trilha sonora do universo 50 tons de cinza

RESENHA: DEPOIS DAQUELA MONTANHA


25 novembro 2016


Ben é um medico que está voltando de viajem, Ashley é uma jornalista prestes a se casar. Ambos iriam pegar o mesmo voo, mas devido ao tempo todos os passageiros tinham que aguardar a próxima decolagem. Em uma tentativa de chegar em casa mais rápido, Ben acaba pedindo um jatinho e convida Ashley para se juntar a ele. Ela que também estava apurada, com um casamento em cima da hora, nem imaginava que ao aceitar essa oferta, sua vida iria virar de cabeça para baixo.

Literalmente. 

O piloto do jatinho acaba passando mal e os dois ficam presos no meio de uma nevasca, em uma reserva floresta. Sorte de Ashley ter um médico a sua disposição, mas ter a perna gravemente ferida, a impossibilitando de andar é a menor de suas preocupações. 

Eles estavam no meio do nada, com zero possibilidade de resgate. 

Sem comunicações, no meio do nada, uma jovem machucada, um médico confuso. Até onde essa historia pode nos levar? Eu não sei vocês, mas se com filmes nesse estilo que já fico agoniada, imagina um livro? Onde em cada pagina aparece uma nova surpresa. 

Depois daquela montanha é um livro cheio de segredos, ambos os personagens não sabem nada um do outro, só o que sabem é que dependem um do outro pra sobreviver. Mesmo não sendo o tipo de leitura que me prendeu logo de inicio, bastou poucas páginas pra me fazer virar quase uma noite. A capa é linda, a historia é emocionante, os acontecimentos surpreendentes, e os personagens, ai meu deus... Ben, meu bem, você é um cara incrível! 

Lembram que eu falei sobre filmes assim? Pois já era de se esperar, né? VAI TER FILME! E os atores já foram selecionados, vem 2017 com Kate Winslet e Idris Elba!



Autor: Charles Martin 
Livro: O primeiro dia do resto da nossa vida 
Editora: Arqueiro 
Páginas: 304 
Comprar: Saraiva 
Livro enviado para resenha 
Nota:          

RESENHA: O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA NOSSA VIDA


20 novembro 2016


Tess e Gus são dois jovens com ideias diferente do futuro. Ambos então viajando em Florença: ela despedindo-se do ensino médio; ele buscando superar a morte do irmão. O que poderia ser o início de um romance acaba não sendo o que se imagina. Romance não é algo que a vida deseja para os dois. Eles ainda precisam aprender muito sobre tudo e, um dos aprendizados, é que as coisas acontecem quando tem que ser.

Eu li esse livro com um pé atrás porque simplesmente não imaginava como seria o fim dele. Eu to acostumada a ler livros e na metade da historia saber que no final, de algum jeito, o casal vai conseguir ficar junto. 

Só que com Gus e Tess foi diferente. Bem diferente na verdade. 

Eu queria que eles ficassem juntos. Desejava e pedia a cada capitulo que eles finalmente se encontrassem de vez. Só que não acontecia. A vida novamente se colocava no meio e arrumava um jeito disso não acontecer. Não era o momento certo. Eles ainda tinham que viver e aprender muito. E sabe, era exatamente isso que eu não entendia.

Estou tão acostumada a ler livros que o casal sofre e logo depois entendem a necessidade de ficarem um com o outro que nesse eu me perdi. Não foi fácil e não é fácil. Se formos parar pra pensar não é uma historia. É uma vida.

Algo que poderia acontecer comigo ou com você facilmente.

Talvez até tenha acontecido, por que não?

Quem pode nos dizer se aquele carinha que conhecemos na viajem pra São Paulo não seria nosso futuro? Quem pode afirmar se andássemos em uma rua ao invés de outra não conheceríamos alguém especial? Ninguém. Ninguém pode. Só o tempo. E é o tempo que vai nos mostrar o que é certo ou errado. O que temos que aprender e o que devemos esquecer. É ele. É a vida. É as escolhas. O nosso desejo e nada mais. É isso que faz nosso futuro. Não é uma historia de amor que precisamos esperar, é o amor que colocamos na nossa própria historia.

Só o que eu sei é que aprendi muito com esse livro. Me fez lembrar do livro Um dia, e isso só me deixou mais apaixonada pela historia. já é um dos queridinhos do ano. Se vocês ainda não leram, leiam!

Autora: Kate Eberlen 
Livro: O primeiro dia do resto da nossa vida
Editora: Arqueiro 
Páginas: 423 
Comprar: Saraiva 
Livro enviado para resenha 
Nota:         

ATLÂNTIDA


17 novembro 2016


Ninguém consegue nos ouvir daqui. É incrível como a vida pode ser levada pela correnteza em uma única noite, trocando músicas calmas e um lugar pacifico por um enorme abismo de água e gelo, no qual todos aqui se aprisionam. A mais bela melodia, uma canção das profundezas que flutua para a margem como um pedido gritante de socorro, mas ninguém nunca escuta. Ou será que estamos muito imersos para um pedido de ajuda?

Pirâmides e jóias, jardins e orações, beleza e canções, tudo o que se foi em uma única noite, nos arrastando para baixo. Uma vida de beleza e coisas incríveis sendo devastada por uma incrível ignorância , ganância e o desejo de conquistas. Tudo foi levado pela correnteza, junto com todas as pessoas que se encontravam felizes.

Quão grande pode ser a ganância de um homem? O quão devastador pode ser suas conseqüências? Dançávamos em círculos, uma energia intensa e de igualdade, transformada em correntes de água, em uma paralisia de todos os músculos.

Onde está a margem? Como deixamos de estar imersos? Como pagamos pela nossa ignorância? Como é possível trazer Atlântida de volta?

Pesquisadores escutam o nosso canto. Nos perseguem por todos os mares, sem saber como alcançar as profundezes. Eles não sabem ver. Por que não conseguem tocar Atlântida? Por quanto tempo pagaremos por nossos atos? Nos disseram que essa é a melodia mais linda do mundo, mas agora está submersa, junto com os julgados mais puros. Poucos a podem ouvir, mas ninguém pode nos alcançar.

Os anos se passam e nada muda.  Continuamos pagando pela nossa ganância e loucura por poder. Isso nunca acaba. Ninguém vai nos achar aqui. O socorro nunca virá. Então por que ainda cantamos a melodia se a esperança foi imersa? Falam de Atlântida ao passar dos anos, mas por que não conseguem alcançá-la? Por que não sabem enxergar? Quando a maré se recuperará da raiva? Quanto é o preço da ignorância?

O mundo é tão lindo da parte de cima, mas agora tudo está submerso, só restando água e frio. Quando vão aprender a ver e escutar o chamado de socorro? Quando vão achar o continente perdido e nos trazer de volta a margem? É tão frio aqui embaixo, por que não escutam a melodia?

 - Esse texto foi baseado no mito sobre o continente perdido de Atlântida e de alguns trechos da musica Atlantis do Deas Vail, composta com base no mesmo.


COMO APRENDER A VOAR


13 novembro 2016


Existem muitas pessoas que acreditam que o ato de voar é simplesmente não tocar mais o chão. Talvez seja. Se estamos livres e de bem com a vida, podemos tocar o céu, mas existem coisas que precisam ser feitas.

Podemos imaginar correntes invisíveis, segurando com força os nossos pés no chão. Essa corrente pode ser pessoas que te rebaixam e te fazem parar de sonhar, um relacionamento ruim, uma família abusiva... Pode ser algo que você mesmo colocou ali, quando deixou de acreditar em você, deixou o que os outros conseguissem te acorrentar, qualquer coisa assim.

O primeiro passo para aprender a voar é esse, você tem que pensar em tudo o que puxa sua vida para o chão, para trás. Um amigo que te faz mal, um relacionamento ruim, a falta de conversa, algo que deixou para trás por medo, suas incertezas. Precisa pensar em tudo o que te faz mal e dar um basta nisso. Soltar as correntes. Não importa o que dizem, você precisa acreditar em você, precisa sentar e conversar quando for necessário. Veja o que te prende, descubra quais são suas correntes e as solte. Você não precisa manter o que te faz mal. Isso te impede de sair do chão e viver os seus sonhos. Deixe ir. Solte as correntes.  Se livre delas.

O segundo passo é aceitar que está preso ao chão e  se perguntar o que está fazendo para mudar isso. Ter um sonho não basta, ele precisa ser realizado, e para isso acontecer, você precisa tentar.

Se você quer ser um astronauta, precisa pesquisar sobre desde já. Se você quer ser um ator, precisa ir até o teatro mais próximo e quando ter tempo, ver como fazer para entrar nele. Se quer ser escritor, primeiro precisa começar a escrever. Se quer morar em outro país, precisa pesquisar sobre ele. Se quer ajudar as pessoas, precisa começar dando uma flor para um desconhecido, ou pelo menos um sorriso. Se quer viajar pelo mundo, precisa se lembrar de em vez de gastar, guardar um pouco do dinheiro e pesquisar sobre os seus primeiros lugares. Se quer ser um chefe de cozinha, precisa cozinhar e ter alguém que experimente.

Esse é um passo e tanto. Para sair do chão, você precisa fazer algo para saber que pode voar. Se você tem um sonho, não importa qual seja, você precisa correr atrás. Agora.

O terceiro é acreditar em si mesmo. É tentar fazer algo até que esteja mais próximo de chegar aos seus sonhos. É não desistir. Não ficar sentado esperando que aconteça, se não nunca vai acontecer. O terceiro passo é quando você se livrou das correntes que te prendem - acredite, é a coisa mais possível do mundo, mas exige força de vontade -, quando deu os primeiros passos para a realização do seu sonho, quando já está começando a sair do chão.

É quando se descobre que voar nada mais é do que ser livre. Que voar é quando lutamos por nossos sonhos. Quando aprendemos a ser nós mesmos e não ligar para o que pensam disso. É se concentrar na pessoa que quer ser e se tornar ela. É ser livre.

Quando se é livre, quando se luta pelos sonhos, quando se desfaz das amarras e se sente leve e em paz. Isso é voar. E se não desistir e ser persistente, se esforçar, seguir seus sonhos e fazer algo para que aconteçam, se ser quem quer ser, logo você vai voar. Isso é uma capacidade que todos têm.

Não precisamos sair do chão para estarmos voando. Precisamos ser livres e felizes. Quando isso acontecer, você vai se sentir nas nuvens. Eu prometo que isso é possível. Isso é voar.

APRENDENDO A JOGAR


10 novembro 2016


Eu não sei onde estou agora, não conheço esse lugar. Estou com medo, mas não posso demonstrar o quão apavorada estou por dentro. Não reconheço mais ninguém enquanto as pessoas ficam em silêncio e me observam com pena. Posso perder o controle a qualquer momento. As pessoas ao meu redor mentem e eu não sei mais no que acreditar. Todos estão esperando o show começar, todos estão assistindo atentamente meus movimentos pra ver se vou fracassar. Preciso manter meus olhos abertos, preciso usar meus pontos fortes. Ontem eu era só uma jovem lutando por uma vida melhor, sonhando com desejos distantes e coisas melhores. Empunhando meu arco somente para me divertir. Agora preciso atirar de verdade para sobreviver, para poder aguentar tudo isso. Não posso permitir que me machuquem sem fazer nada. 

Minhas habilidade estão sendo testadas e só posso contar comigo mesma. Entrei em um tipo de jogo perigoso que não posso sair, algumas pessoa contam comigo e tem esperança ou melhor fé em mim. O jogo começa e todos os pontos são observados e essenciais para se continuar. Estou sendo observada enquanto tento não fracassar, enquanto tento reagir. Qual será o resultado final? Estou correndo sem saber pra onde estou indo, mas sei que alguns estão passos bem adiantes de mim. É um confronto, não é somente físico é emocional também.  Pés preparados, controlo meus batimentos do coração, mantendo meus olhos abertos enquanto a noite escurece. Não posso perder meu alvo de vista, não posso me tornar o alvo. Minhas flechas saem em disparada para me proteger. Não estou em chamas, mas é como se tudo estivesse queimando. Isso é só um jogo? Não estou conseguindo mais distinguir o que é realidade ou coisa da minha cabeça. Posso lidar com as dores sem derrubar minhas lágrimas? De todas as formas que me conheço e de todas as formas que posso descobrir ultrapassar , eu mudei. Meus limites foram extrapolados, mantive a razão a força mesmo querendo surtar a qualquer momento.

Olho no espelho agora e tento me ver. Fiz tudo que tive que fazer para sobreviver ao jogo em que só se sobrevive quando você tem que se defender e lidar com a dor que isso te traz. Para onde quer que eu olhe estou tentando encontrar uma esperança, uma luz que me guie diante de tudo. Joguei esse jogo muito bem e sobrevivi porque tinha que fazer isso. É a vida. Quero enxergar claramente, esquecer os pensamentos que comecei e ficar mais perto. Se consegui vencer por que esses demônios ainda me visitam? As chamas estão aumentando, o fogo que costumava ser a meu favor agora está me queimando. Sou a garota em chamas. Um pássaro que só queria voltar pra um lugar seguro e parar de lutar. Junto os pedaços que restaram para continuar. Por mais que eu sinta que sobrevivi sei que o jogo não acabou. Não consigo ver um fim, não há um fim. 

Me pedem para ter coragem, me pedem para ser forte e vencer essas batalhas. Posso ser o que precisam mesmo estando tão quebrada? Me queimaram com fogo, me afogaram com água.  Me perseguiram como um inimigo e eu fiz o que tinha que fazer. Eu lutei. Acordo gritando seu nome na escuridão em algumas noites. Falo de um futuro perdido que nem sei se vai acontecer e dou uma boa olhada em volta. Tudo parece normal, mas não está normal. Respiro fundo, e abasteço minhas flechas. Meu arco está por perto preparado para me proteger. O quer que aconteça aqui, o que quer que aconteça daqui pra frente eu vou sobreviver. Eu vou lutar, eu vou resistir. A chama ainda está acesa, a esperança ainda não morreu. Nós sobreviveremos e esse jogo finalmente terá um fim definitivo.

Inspirado na história  da Saga Jogos Vorazes  e da personagem Katniss Everdeen

RAPAZ


06 novembro 2016


Ei rapaz, eu te avistei por acaso na rua da vida e dancei com teus olhos na festa do destino. E desde então, você permaneceu fazendo meus dias mais inspiradores e fez nascer emoções antes adormecidas, despertou em mim um sentimento lindo. Mas rapaz, como você mesmo sabe, a razão tem que falar mais alto e as circunstancias para o amor nem sempre são favoráveis. E nessa falta de espaço no teu e no meu jardim para plantarmos árvores que dessem frutos, fui pouco a pouco deixando firmar raiz de algumas plantas que não geram nada. 

Foi aí que do acaso, você se tornou meu maior caso a parte. 

Você abriu algumas janelas,  sentou-se no sofá e criou exceções nas regras da casa de minhas ideologias. Meu coração já se encheu de ti e meus olhos já ficaram sedentos para te encontrar. Meu olfato ficou treinando com o teu cheiro, no entanto, eu tive que romper com tudo isso, criei mecanismos para evitar a dor. Dor de não te ter como uma pessoa apaixonada anseia. 

Rapaz, rapaz, mas não tem problema não, você me ensinou a controlar minha impulsividade, comecei a administrar minha ansiedade e agora fico te querendo na proporção que é possível ter. Meu "muso" inspirador, a gente pode não ter tido uma linda história de amor, mas tudo que eu escrevi com base no que vivi e senti por ti, produziu uma coleção de textos admiráveis e que fizeram meu interior festejar a cada frase escrita. Ei rapaz, lembra que você disse que eu falo demais? Me cale agora com um beijo teu e cessa minha fala desesperada, acalma meus instintos e deixa-me terminar esse texto olhando em teus olhos, como no início, só que dessa vez, sabendo teu nome, Romeu.

AMAR É COMO LER UM LIVRO


04 novembro 2016


Muitas são as definições para o amor. Alguns dizem que é um sentimento de afeto, carinho. Outros, que é consequência de uma interação social. Camões já dizia que era fogo que arde sem se ver e Paulo, que sem o Amor ele nada seria. Músicos o declaram para suas musas inspiradoras enquanto outros gritam que ele não passa de uma perfeita ilusão. Mas o que é realmente o amor?

Não sou uma especialista em amor. Longe disso. Sou somente uma mera aprendiz da vida que não sabe bem  qual rumo tomar. Mas o que eu aprendi nesses meus quase vinte anos neste mundão, é que o amor vai muito além de estar em um "relacionamento sério".

Para mim, ele é como um livro recém comprado que estamos loucos para ler pois, pela sinopse, ele parece ótimo. Então você o desemplastifica e fica horas contemplando-o antes de realmente abri-lo. Mas antes de lê-lo, você  o cheira, talvez adiando mais um pouquinho o que está por vir. Mas quando começa a ler... Ai sim! Vemos que não tínhamos nada do que nos preocupar e com o pouco que lemos, vimos que esse livro iria fazer parte da nossa vida para sempre.

Mas os livros acabam! E agora? Ele ficará na sua estante ou perto do travesseiro e sempre que puder, você o lerá como fez da primeira vez, atenta a novos detalhes, mas sempre com a mesma empolgação e felicidade do início.

E mesmo quando sua capa já estiver velha e as folhas um pouco gastas por causa do tempo, você ainda terá o mesmo prazer em lê-lo, mesmo que ele não seja Uma Aflição Imperial que Razel Grace lia incontáveis vezes para encontrar algum sentido na frase não terminada. Pois aquele é o livro da sua vida, e parafraseando um pouco minha amiga, ler ele é como está num carrossel. Você sabe que terá que parar em algum momento. Mas aquela sensação é tão boa, que você quer repetir de novo e de novo girando para sempre entre uma página e outra.

RESENHA: EU ESTOU AQUI


01 novembro 2016


Quando li a sinopse desse livro logo vi que seria algo novo. Nada clichê. Nada normal. Nada como os romances que estamos acostumados. Tanto a narrativa, como os acontecimentos, é leve, é interessante, é inusitado, é doce e ao mesmo tempo triste. Com uma pitada de esperança e nervosismo.

Afinal, o que vai acontecer com a Elsa?

Calma, calma. Vocês ainda nem sabem quem é essa guria. Assim como ela também não sabe o que está acontecendo. É que a Elsa está em coma e um pouco perdida. Ela só sabe o que está acontecendo por causa das conversas e sons que aparecem no seu quarto de vez em quando. Por exemplo, ela sabe que está que está em um estado grave e em risco, se não acordar logo vão desligar a maquina que a mantem viva e ela só pode esperar.



Ah sim, ela também sabe que pode estar apaixonada.
"Como , em meu estado, posso dar importância tão capital a uma história de amor? Eu devia querer viver para me mexer, para voltar a uma geleira, ver minha família, encontrar pessoas, descobrir o mundo, sorrir de me acabar e rir e rir mais ainda. Sei que essas são as coisas que importam. Enormemente. Mas também sei que o sentimento de amar é o que dá cor a tudo isso."
Thibault (que nome estranho, meu deus), é um cara em questão que aos poucos está fazendo com que a Elsa fique mais confusa e se apaixonando por ela também. Ele aparece no quarto dela de repente, tentando fugir do irmão que se acidentou e também está no hospital, só que o acidente dele casou a morte de duas garotas e agora Thibault não consegue perdoá-lo, nem olhar para sua cara.



O que fazer quando duas pessoas parecem estar tão próximas e, ao mesmo tempo, prestes a se perderem?

Eu estou aqui é um livro que nos faz pensar, que nos faz dar valor as pequenas coisas, aos pequenos momentos, as grandes conversas. A narrativa é em primeira pessoa, vez ou outra narrado pela Elsa e por Thibault (o que faz a historia ficar ainda mais incrível). A narrativa é toda sentimento. E isso fez com que eu me apegasse mais a esse livro, talvez por eu ser escritora ou sei lá, mas me deixou mais próxima da historia. Ainda não tinha lido um livro que mostrasse esse ponto de vista e me surpreendi muito com os detalhes e o pensamento de ambos os personagens.

Um livro tocante, que aborta problemas como o alcoolismo e a violência no transito. Com uma historia direta e cheia de sentimentos. Vale a leitura!




Autora: Clélie Avit 
Livro: Eu estou aqui 
Editora: Rocco (Fábrica 231) 
Páginas: 286 
Comprar: Saraiva
Livro enviado para resenha 
Nota:        
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