HOME SOBRE CONTATO FREEBIES CLIPPING

EU TINHA ESQUECIDO


12 outubro 2019


Um dia a gente tenta e tenta e tenta, até o momento que esquece de tentar. E nos perdemos em meia a essas tentativas que insistimos em alcançar um final. Toda vez que penso onde cheguei, lembro do que me levou até aqui. Ao invés de pensarmos em um fim, deveríamos nos manter no começo. Com o sentimento de querer possuir ou conquistar algo. Não o desejo de conseguir aquele objetivo (mesmo que objetivos sejam necessários). Eles foram feitos para serem alcançados, isso é certo, mas penso que acabamos nos perdendo nesse meio.

Vira e mexe esquecemos porque estamos lutando tanto para ser quem queremos ser. Porque nossa luta virou uma rotina. Pesada. Cansativa. Sem mudanças. E cheia de obrigações. Não conseguimos nos ver com o mesmo brilho nos olhos. Aquele desejo de conquistar estava longe, seguido apenas por um desejo. E é ai o ponto. Não lembramos mais do nome do nosso desejo. Um dia isso acaba acontecendo, a gente passa por tanta coisa que esquece nosso início. O nosso erro é não conseguir reiniciar.  Não para começar do princípio, mas para tentar de novo.

Eu tinha esquecido por que estava aqui, o que me trouxe aqui.

Até que tentei de novo.

RESENHA: UM SEDUTOR SEM CORAÇÃO


26 abril 2018


UM SEDUTOR SEM CORAÇÃO | LISA KLEYPAS | 319 PÁGINAS | LIVRO ENVIADO PARA RESENHA | EDITORA ARQUEIRO | COMPRE AQUI | NOTA:        

Devon é um libertino que acabara de herdar o titulo de seu falecido primo Theo. Mas além da herança e algumas propriedades, as irmãs do antigo conde e sua viúva vieram juntos. Devon não precisa de toda essa responsabilidade e quer logo despachar aquelas mulheres de sua vida. Ele não precisa de uma propriedade caindo aos pedaços e mais dor de cabeça. 

Entretanto, ele não contava que aquela viúva de lingua afiada poderia ser tão intrigante. Agora não importava mais a propriedade e nem o bom senso, tudo o que ele queria era aquela mulher.

A historia tá rasa, né? Eu também achei. Um romance como qualquer outro de época, sem muito a acrescentar. Esse foi meu primeiro contato com a autor e já ouvi ótimos comentários sobre ela, porém esse livro não me prendeu tanto como gostaria. Eu não sou muito fã desses romances que acontecem a primeira vista, a não se que seja bem explicado ou possua um bom motivo.


Com Kathleen e Devon não foi assim. Não consegui gostar de nenhum dos dois, não vi química. 
No entanto, gostei dos outros personagens e das irmãs. Talvez seja isso que me fez não gostar tanto quanto queria, achei que a autora focou demais em outras coisas e esqueceu do nosso casal. Achei o mocinho maravilhoso, mas não combinou com a nossa protagonista que, sendo bem sincera, achei desagradável. E olha que eu geralmente amo/sou protagonistas fortes que falam o que pensam. Só que com ela não foi bem assim, na verdade achei a mais irritante do que forte.

Enfim, não posso dizer que não gostei, só não foi tudo o que eu esperava. Eu ainda quero ler os outros livros da serie principalmente por tratar das outras mulheres da casa, não me senti desmotivada nem nada, só não foi... sei lá... Tudo o que eu queria. 

Apesar disso, não digo que a leitura é ruim, vi muita gente gostando e espero que vocês também deem uma chance a esse livro. Estou ansiosa pelos próximos. 

RESENHA: CONTRA TODAS AS PROBABILIDADES DO AMOR


22 abril 2018


CONTRA TODAS AS PROBABILIDADES DO AMOR | REBEKAH CRANE | 240 PÁGINAS | LIVRO ENVIADO PARA RESENHA | EDITORA FARO | COMPRE AQUI | NOTA:        

Primeiro eu gostaria de deixar claro aqui que esse livro me despedaçou.
E depois me reconstruiu.
Foi como se eu precisasse sentir a dor para poder entender o que cada personagem estava passando. Eu tinha que chorar. Eu tinha que entender. Eu tinha que pensar que aquilo não era uma bobeira adolescente. Só depois de tudo isso (assim como os personagens) poderia dizer com clareza o que esse livro representou.

Quero mostrar aqui que Contra todas as probabilidades do amor não é um romance, por mais que tenha um certo casal presente, o livro não é nem de longe algo raso e fofo. Ele é real, é doloroso, é maravilhoso. não que a dor seja algo maravilhosa, mas ela é necessária para nos fazer ver o que perdemos. Para mostrar que a dor do outro é tão importante quanto a nossa.

O acampamento Pádua é quase como uma reabilitação para adolescente problemáticos, mas não é nada do tipo irresponsabilidades na escola ou má educação com os pais. Aqui encontraremos jovens com problemas tão dolorosos ao ponto de nos fazer questionar até onde podemos julgar uma pessoa. Ninguém sabe a dor do outro que o que essa pessoa está passando. As aparências enganam, não é mesmo?


Nossa personagem, Zander, não consegue entender porque está ali, mas a medida que os dias passam ela vai descobrindo mais de si mesma e dos outros. Até mesmo de Cassie, a garota mais problemática do seu chalé. Sua amizade com Alex, Grover e Cassie faz com que descubramos o fardo que cada um carrega. Alguns lidam com isso mentindo, outros anotam tudo por medo de algo pior acontecer e uns transformam a dor como sua arma para se proteger. 

Cada um tem seu modo de escape, mas todos compartilham o mesmo julgamento.
E assim como o próprio leitor, é esse julgamento que não guia até a ultima página.
E nos salva, junto com os personagens.

É poético, é incrível, é real, e uma leitura extremamente necessária!

RESENHA: OS QUASE COMPLETOS


17 abril 2018


OS QUASE COMPLETOS | FELIPPE BARBOSA | 382 PÁGINAS | LIVRO ENVIADO PARA RESENHA | EDITORA ARQUEIRO | COMPRE AQUI | NOTA:        

O Quase Doutor não está satisfeito com o rumo que sua vida tomou.
A Quase Viuvá vive aflita pela incerteza da morte de seu amado. 
O Quase Repórter queria mesmo era ser critico e não aceita o suicídio de sua esposa.

Três pessoas completamente distintas e totalmente iguais!

Quando o Quase Doutor decide embarcar em uma viagem estranha, a convite de um senhor, ele não imaginava que aquilo mudaria sua vida. Já a Quase Viuvá começa a suspeitar do hospital no qual seu marido se encontra em coma e o Quase Repórter parece ter encontrado as respostas da morte de sua esposa.

Quando coloquei o olho nesse livro eu pensei que seria muita coisa para poucas páginas, muitos personagens com os próprios pesadelos, muitas lições para um único livro. E meu Deus! Que com que eu estava enganada. Queria poder favoritar esse livro mais de uma vez, queria dar mais do que cinco pontos porque esse nacional conseguiu acabar comigo. Eu já disse que adoro livos que trazem sentido pra vida? Pois esse livro conseguiu mais. Conforme a leitura fluía eu só conseguia pensar nas várias pessoas que deveriam ler essa obra.

Felippe conseguiu trazer personagens tão reais que é impossível não se identificar com algum (ou com todos), o desfecho da historia foi de uma maestria tão arrebatadora que no final eu não sabia mais o que pensar. Fiquei de boca aberta, encantada, apaixonada por suas palavras e tudo o que ela representou. já estava sentindo falta de livros assim, que conseguia passar mais do que o proposto.

Nada na historia foi clichê, a cada página me encontrava surpresa e curiosa para saber até onde aquilo tudo me levaria. Foi como uma verdadeira viagem. Eu realmente senti que era mais uma passageira naquele ônibus. O significado por trás de toda a palavra. A motivação. A magia. O reconhecimento. O mistério. O poder de nossas escolhas. Tudo isso levou a uma leitura prazerosa e unica. 

O autor foi o ganhador do premio pólen, promovido pela editora arqueiro. Eu participei também, mas agora vejo o motivo dessa obra ter ganhado e agradeço muito por isso! É um livro encantador. Já virei fã desse autor e quero mais.
© Kézia Martins / Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento por: Colorindo Design
Tecnologia do Blogger.